Efeito Lula: com 6,6%, desemprego atinge menor patamar da série histórica
População desocupada encolheu para 7,3 milhões, menor número desde 2015, e total de trabalhadores chegou a 102,5 milhões, mostra IBGE
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27) mostram uma queda significativa na taxa de desemprego no governo Lula, que chegou a 6,6%. Trata-se do menor índice para um trimestre encerrado em agosto desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Um nível tão baixo quanto 6,6% não era visto desde dezembro de 2014. A taxa de desemprego apresentou uma melhora significativa entre os trimestres encerrados em maio de 2024 e agosto de 2023, passando de 7,1% para 6,6%.
Essa redução foi acompanhada por uma diminuição de 6,5% na população desocupada em relação ao trimestre anterior e de 13,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O número de trabalhadores também cresceu, atingindo um recorde histórico de 102,5 milhões, com um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,9% em relação a 2023.
Crédito: Reprodução/IBGE
Setor privado
O setor privado brasileiro atingiu um novo recorde de 52,9 milhões de empregados. No último trimestre, houve um crescimento de 1,7% (882 mil postos) e, na comparação anual, a alta foi de 4,9% (2,5 milhões de postos).
O Comércio foi o destaque, com um aumento de 1,9%, ou mais 368 mil novos trabalhadores para a população ocupada do país, e um total de 19,5 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado pela PNAD Contínua. Em contraste, os demais setores econômicos não apresentaram variações expressivas no período.
Os empregos com carteira assinada no setor privado representam quase o triplo do total de trabalhadores informais ou autônomos. A CLT abrange 38,6 milhões de trabalhadores, enquanto 13,2 milhões estão em empregos sem registro.
Setor público
O setor público registrou um novo recorde de 12,8 milhões de empregados. No último trimestre, houve um crescimento de 1,8% (221 mil pessoas) e, na comparação anual, a alta foi de 4,3% (523 mil pessoas). Esse crescimento foi impulsionado pelos servidores sem carteira assinada, já que militares e servidores estatutários se mantêm estáveis.
O rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 3.228 no trimestre, estável em relação ao trimestre anterior, mas com alta de 5,1% na comparação anual. A massa de rendimentos totalizou R$ 326,2 bilhões, crescendo 1,7% no trimestre e 8,3% no ano.
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